Torrinha
Como chegar: Para ir até Torrinha, saindo da Capital, é preciso acessar a SP-348 (Rodovia dos Bandeirantes) até a saída 134, a SP-304 (Rodovia Luís de Queiroz), vias urbanas de Piracicaba, a SP-304 (várias denominações) e a SP-197 (Rodovia Américo Piva).
A “Pérola da Serra” , como é conhecida Torrinha, é um Município de Interesse Turístico – MIT, desde abril de 2018 e uma das 13 cidades do Circuito Serra do Itaqueri, que é uma região central do interior paulista em que estão, entre outras, Piracicaba, Águas de São Pedro e Itirapina. Todas essas cidades possuem paisagem serrana e repleta de água em todas as direções. São rios, cachoeiras, ribeirões, caminhos na mata e morros a perder de vista em que os praticantes de pesca esportiva, passeios náuticos, caminhada, rapel, cascading, tirolesa, canyoning, camping, mountain bike, motocross, rafting e floating, todos são contemplados.
Torrinha, distante 239 km da Capital, integrante da Região Administrativa de Campinas, tem 10.056 habitantes segundo estimativa do IBGE/2020 e está distante 239 km de São Paulo. Seu território exibe uma gama variada de cenários para todo tipo de atividade, principalmente para os que desejam fugir do agito das cidades e espairecer todos os sentidos em meio à natureza. Atualmente a economia do município tem característica agrícola e, mais recentemente, empresários locais buscam no turismo uma alternativa para o desenvolvimento sustentável de Torrinha, uma vez que este destino conta com atrativos naturais, religiosos, culturais e gastronômicos além de localização privilegiada, próxima a grandes centros urbanos.
Este MIT sempre teve sua economia baseada no café, motivo pelo qual foi construída em 1886 a Estação Ferroviária de Torrinha, significativo patrimônio histórico. Inteiramente restaurada, a Estação Ferroviária encontra-se em local estratégico e central na cidade e desempenha importante papel no desenvolvimento dos setores criativos como local dos seguintes projetos: Orquestra Torrinhense De Viola Caipira; Escola de Luthieria de Viola Caipira; Escola de Moda e Vestuário; Escola do Vidro e da Cerâmica; e Memorial do Carnaval. O destaque fica para o Café da Estação, inaugurado em 2014 no mesmo local onde originalmente existia o antigo Café da Estação e hoje é parada obrigatória para turistas e moradores locais experimentarem deliciosos pratos e petiscos, doces e bebidas. Bom saber que este local foi construído com partes do prédio original e decorado com móveis e estilo de época, o que proporciona aos frequentadores uma sensação de viagem no tempo.
Quanto o tema é Turismo Religioso, Torrinha dispõe do Mosteiro São Francisco de Assis Agromonges, e tudo teve início a partir de uma capela em homenagem a São José construída por volta de 1920, e daí surge na região uma vila de colonos italianos. No final da década de 1980 os proprietários da fazenda São José do Paraíso, que abriga a sede e a capela, transferem os cuidados do local à Fraternidade da Apresentação do Senhor, um grupo de religiosos, padres e monges franciscanos, que passam a desenvolver no local os cuidados com a lavoura além da produção de artesanatos e alimentos. Nos dias atuais, o mosteiro é um ponto turístico onde os visitantes podem desfrutar de momentos de tranquilidade e meditação, contemplando os jardins, a natureza em volta do local, a arquitetura, o cotidiano e o trabalho dos padres e monges. Os visitantes podem também adquirir lembranças do mosteiro, objetos de artesanato ou chocolates produzidos no local.
Além da religiosidade, o município tem ao menos 52 cachoeiras, com várias delas abertas à visitação. E dá até para nadar e praticar rapel nos imensos paredões. Exemplo disso é a cachoeira do Bissoli, com 76 metros de queda-d’água que criam um belo espetáculo diante dos olhos dos visitantes. Este atrativo também é ideal para quem adora descer os paredões de rocha em rapel. Por ficar em uma propriedade particular, o local é aberto para visitação aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h. Há também a cachoeira Bom Sucesso que tem oito metros de queda e forma um lago natural com 25 metros de diâmetro. Tem mais: a impressionante cachoeira do Paraíso, que tem 85 metros de altura e fica próxima ao Agromonges Mosteiro do Paraíso. Um pouco mais adiante está a Cachoeira do Zé Pedrini, que também impressiona pela altura: 55 metros.
Em tempo: Torrinha é reconhecida por produzir um dos melhores grãos de café do estado de São Paulo. E o que não falta ao município é tradição. As festas de Santos Reis, em janeiro e os bonecões carnavalescos de fevereiro são atrativos aos visitantes, bem como a produção de artesanato de costura, bordado e crochê. Por tudo isso e um pouco mais, este MIT surpreende, muito além das cachoeiras.
Conta a história que a cidade ganhou esse nome, Torrinha, por causa de uma formação rochosa de cerca de 50m de altura sobre uma elevação localizada quase na divisa com Brotas. Esse ponto de referência é avistado a uma enorme distância e fica a sudeste, para quem sai do centro urbano torrinhense. Seu território era passagem e pousada para tropeiros e viajantes no século XVII, até que em 1890 a Companhia Paulista de Estradas de Ferro construísse a Estação Santa Maria, que colocou Torrinha na malha ferroviária do estado. José Antunes de Oliveira é considerado o fundador da cidade ao ter doado uma área onde foi construída a capela de São José, onde atualmente está a igreja matriz da cidade. O desenvolvimento econômico se seguiu no século XIX com o ciclo da cana de açúcar e posteriormente com o ciclo do café.
Mais informações: www.torrinha.sp.gov.br
Fonte: www.turismo.sp.gov.br